sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Capitulo 17 - Rangers Ordem dos Arqueiros VOL 2

penhascos da costa sul para se juntar aos Wargals que já vimos. Vão atravessar a fenda aqui, onde estamos, e vão até o norte para atacar os barões pela retaguarda, en-
quanto esperam que Morgarath tente sair do Desfiladeiro dos Três Passos.
— Sim — Horace concordou. — Sabemos disso. Deduzimos isso assim que vimos a ponte.
Will olhou para Horace, que ficou em silêncio. Ele percebeu que o aprendiz de arqueiro tinha algo mais a di-zer.
— Mas — Will continuou, enfatizando a palavra e parando um momento — eu também ouvi eles dizerem alguma coisa sobre Horth e seus homens marchando ao redor da Floresta Thorntree. Isso fica ao norte das Planí-cies de Uthal.
— O que levaria os escandinavos a noroeste do e-xército do rei — Evanlyn comentou entendendo a ideia imediatamente. — Os barões ficariam encurralados entre os Wargals e os escandinavos que cruzaram a ponte e a outra força do norte.
— Exatamente — Will afirmou encontrando o o-lhar dela. Os dois conseguiam avaliar o quanto a situação seria perigosa para os barões reunidos lá. Esperando um ataque escandinavo pelos pantanais, a leste, eles seriam pegos de surpresa não de uma, mas de duas direções dife-rentes, presos e esmagados entre os braços de uma tenaz.
— Então é melhor avisarmos o rei, com certeza! — Horace insistiu.
— Horace — Will começou paciente —, a gente precisaria de quatro dias para chegar às Planícies.
— Mais um motivo para irmos andando. Não te-mos um minuto a perder! — disse o jovem guerreiro.
— E então — Evanlyn ajuntou entendendo o que Will queria dizer — vai levar pelo menos outros quatro dias até que outra força volte e defenda a ponte. Talvez mais.
— São oito dias ao todo — Will continuou. — Você se lembra do que o pobre mineiro disse? A ponte vai estar pronta em quatro dias. Os Wargals e os escandi-navos vão ter tempo suficiente para cruzar a fenda, se re-unir em formação de batalha e atacar o exército do rei.
— Mas... — Horace começou, e Will o interrom-peu.
— Horace, mesmo que a gente consiga avisar o rei e os barões, eles são em menor número e vão ser pegos, sem condições de recuar, entre duas forças. Os pântanos estarão atrás deles. Sei que temos de avisar eles, mas tam-bém podemos fazer algo aqui para equilibrar os números.
— Além disso — Evanlyn disse, e Horace se virou para olhá-la —, se pudermos fazer alguma coisa para im-pedir que os Wargals e os escandinavos atravessem aqui, o rei vai ter vantagem sobre a força de escandinavos que es-tá no norte.
— E acho que não vão estar em menor número — ele disse.
— Essa é uma parte da questão — Evanlyn acres-centou depois de concordar. — Mas esses escandinavos
vão esperar reforços para atacar o rei pela retaguarda: re-forços que nunca vão chegar.
A expressão de Horace mostrou que ele finalmente tinha entendido tudo. Ele assentiu com a cabeça várias vezes, mas então voltou a franzir a testa.
— Mas o que podemos fazer para parar os Wargals aqui? — perguntou.
Will e Evanlyn trocaram um olhar. Ele percebeu que tinham chegado à mesma conclusão. Ambos falaram ao mesmo tempo.
— Queimar a ponte.

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